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Chuva causa estragos em Santa Maria

Dandara Aranguiz e Mariana Fontana

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A chuva que atinge a Região Central desde quinta-feira causou prejuízos a, pelo menos, 20 famílias de Santa Maria, conforme levantamento da Defesa Civil. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), choveu 99,6 milímetros na cidade entre quinta e segunda-feira, o suficiente para causar alagamentos na manhã desta segunda-feira.

À tarde, o servente Carlos Alex Maia Rodrigues, 33 anos, a mulher dele, a repositora Carina Chiappa Pereira, 28, e o pequeno Rafael, de dois meses, ainda não sabiam onde passariam a noite. A casa onde o casal mora há mais de quatro anos, na Rua Engracio Ventura, no Beco da Tela, corria o risco de cair. Segundo Rodrigues, no domingo, parte da área dos fundos cedeu.

_ A gente estava em casa quando começou a rachar a madeira que sustenta a estrutura. A parte de trás caiu e foi o quanto conseguimos sair. Imagina se a casa cai na nossa cabeça? Acho que vamos para a casa de algum vizinho e, depois, procuraremos outro local _ lamenta o servente.

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De acordo com o secretário de Ação Comunitária e coordenador da Defesa Civil de Santa Maria, Adelar Vargas, o grande problema do local é o acúmulo de lixo. A casa da família é uma das que fica à beira de um arroio, afluente do Rio Vacacaí-Mirim. Quando chove, o lixo impede que a água corra.

_ Tem muita sujeira acumulada. Vamos tentar conseguir uma casa para essa família. O importante é que ninguém volte para esse local, pois a água, se subir, pode derrubar a casa _ afirma Adelar.

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Na vizinhança, quatro famílias receberam lonas, e outras seis casas estão sendo monitoradas pois correm o risco de cair.

Mais de cem metros de lona

Já no Km 3, pelo menos 10 residências da Rua Luiz Castagna foram invadidas pela água na manhã de ontem. Durante a tarde, o pátio da casa da faxineira Eliandra da Silva Cavalheiro, 30, e do marido, o serviços gerais José Francisco Fagundes, 33, estava tomada de barro e pedaços de madeira. O filho do casal, Juliano Cézar da Silva Fagundes, cinco, não teve como ir para a escola pois não conseguia sair de casa. Segundo Eliandra, toda vez que chove, o problema é o mesmo:

_ Dessa vez, a água entrou só no banheiro, mas sujou tudo. A sorte é que vieram, desentupiram os bueiros e a chuva parou, porque, senão, teria sido pior.

Na tarde de ontem, equipes da Defesa Civil percorreram os locais mais atingidos e distribuíram lonas. Até as 16h, mais de cem metros já haviam sido entregues para 10 famílias dos bairros Salgado Filho, Tomazetti, Dores, Vila Brener e Beco da Tela.

Segundo Adelar, a Defesa Civil segue monitorando áreas de risco, como as vilas Bilibio, Canários e o bairro Campestre do Menino Deus, locais que podem ter deslizamentos  de terra. Até o final da tarde desta segunda-feira, nenhum problema havia sido constatado.

Situação normal na região

Nas cidades da região de cobertura do "Diário", apesar de ter sido registrada queda de granizo no final de semana, não houve ocorrências de destelhamentos ou desabrigados, segundo levantamento feito junto ao Corpo de Bombeiros dos municípios.

Os estragos mais significativos foram em São Sepé, onde houve precipitação de pedras no sábado. Cerca de 21 casas foram danificadas. De acordo com Edson Bagolin, coordenador da Defesa Civil do município, o granizo atingiu 16 moradias na localidade de Passo dos Brum e cinco na localidade de Rincão dos Brum.

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